
Todos nós passamos por momentos dolorosos na vida e que muitas vezes independem de sermos responsáveis pela criação deles ou não. Somos desafiados, humilhados, espancados e rastejamos enquanto que a vida parece rir de nossa cara. Mas tudo isso é normal.
Não há quem não tenha passado por um dia ruim, ou que ainda não esteja já há anos em situação lastimável.
Mas mesmo assim, cabe a cada um de nós escolher como queremos lidar com essas coisas. Em geral há dois caminhos:
- se optarmos agir com ódio e termos revolta contra a vida, acabaremos ficando mais fracos, porque seremos apenas vítimas das circunstâncias e ficaremos presos na nossa zona de conforto, sempre achando que os outros são os que nos trouxeram determinado problema ou nos causaram determinada dor e no final das contas nada muda;
- se decidirmos que vamos mudar a situação, precisamos olhar para as mesmas coisas que até brilham de tão erradas e que estão em nossas vidas mas de uma outra maneira, uma que seja mais investigativa, questionadora, que nos leve a aprender e que nos mostre como absorver o melhor do que estamos passando.
A vida não precisa ser um eterno marasmo ou um suplício terrível. O que temos que fazer é encarar as situações difíceis como nossas melhores professoras, porque se observarmos bem, tudo que acontece por pior que seja traz consigo uma lição valiosa.
Por isso que precisamos enfrentar cada problema que surge com o peito aberto, cheio de disposição e otimismo, já que essas são as ferramentas que nos permitem vencer qualquer coisa que surja.
Tudo depende de nos tornarmos mais ativos e buscarmos por soluções: procurando em outras fontes, conversando com outras pessoas, escolhendo novos caminhos, tentando utilizar outros recursos. Enfim, precisamos aproveitar cada oportunidade que a vida nos oferece porque na verdade, nunca sabemos o que ela trará em seguida, mas se soubermos lidar bem mesmo com as piores coisas, tudo será mais fácil.
Arrisque sempre algo diferente e não faça esperando nem o melhor nem o pior, mas faça apenas para se manter em movimento e sair do jeito em que está, porque senão, tudo continuará no mesmo estado.
Use seu ódio como combustível e não como uma arma que se volta contra você mesmo, transformando-o na força necessária para fazer acontecer em sua vida o que você precisa e quer que aconteça. O ódio pode ser um aliado muito sincero porque ele sempre vem nos falar das coisas que no fundo sabemos que são melhores para nós, mas que por um motivo ou outro, lá no mundo externo, estão saindo de uma forma que não gostaríamos.
Portanto ao invés de se revoltar, de querer se trancar no quarto e chorar, ou de ficar dias passando mal e sofrendo, escute com atenção o que seu ódio está dizendo que pode ser muito positivo, prenunciando mudanças importantes que você precisa ter coragem de fazer para conseguir o que quer, e, inclusive, um ódio bem usado pode se reverter em ferramentas e situações que depois vão girar a seu favor e contribuir para que você também ajude os outros, até mesmo aquela primeira pessoa que você achava que tinha lhe plantado ódio, mas que na verdade lhe plantou uma benção – a benção de saber que você pode sempre lidar melhor com as dores da vida.
Por Gisele Portes
O sofrimento é o colapso da estabilidade. O que intriga é que ele nos mostra nossa passividade ante as coisas e, ao mesmo tempo, exige de nós atividade ao nos criar incômodo com essa passividade. Boa reflexão 😉
Gratidão pelo comentário! 💖