
Quase todo mundo tem seu time.
Quase todo mundo tem seu clube.
Sempre há quem tenha aquela amizade sublime,
mas muitos ainda vivem presos querendo que seja só um aljube.
São índios sem tribo;
cabos desconectados;
pessoas que simplesmente não querem passar recibo
e por serem tão originais, encaram viveres despareados.
Gente que domesticou a solidão;
que aprendeu a não buscar lá fora
o que já tem por dentro: sua própria compreensão,
seu próprio apoio, que sabe se abraçar e quando fica só não chora.
Somente quem sabe o valor da própria companhia
é que aprende a se relacionar de verdade
quando finalmente encontra alguém com quem se pode ter harmonia
e pode enfim viver em grupo sem perder sua individualidade.
Por Gisele Portes