
Te ver e não poder te tocar
é como cair num desfiladeiro.
É uma agonia que chega a me arranhar.
É não poder mais acordar de um pesadelo.
As tardes chegam a me sufocar,
e as noites apenas me lembram da solidão fria.
Não devo, mas quero a meu compromisso abandonar,
pois estou perdendo a direção mesmo à luz do meio-dia.
Queria encontrar um jeito de à minha mente asserenar.
Que fosse um manual, uma dieta, um remédio…
qualquer coisa que pudesse me ajudar
a escapar de tanto desse desespero assédio.
Essa atração entre nós me levará a uma perdição.
Sou como um pirata a escutar o canto da sereia.
Sei que não devo, mas não aguento à tanta aflição.
Você é a tempestade que ninguém freia.
Por Gisele Portes