Fazendo as Pazes com suas Sombras

Todos nós temos sombras que estão sempre a nos obscurecer.
Pode estar um dia lindo lá fora, mas há uma opressão no nosso peito,
como uma corrente que não deixa nosso ânimo livre correr,
e ao invés de sair para um mundo de oportunidades, ficamos até tarde no leito.

Da boca para fora vendemos aquela imagem de otimismo,
mas por dentro vivemos atormentados por horários e cobranças,
quando não também pelo peso do passado e seu pessimismo
de quando éramos falhos ou para os desafios apenas incautas crianças.

E todos esses fracassos e insucessos crescem e viram intensas sombras.
Apenas somos ensinados a fugir delas, mas acabamos nos tornando seus reféns
presos num ciclo infinito de pensamentos e tentamos sair dessas penumbras,
só que sempre elas voltam, montadas em de nossas emoções trens.

O mais irônico é que quanto mais fugimos, menos evoluímos,
pois nenhum humano teria deixado para trás todos os outros primatas,
se não tivesse enfrentado suas piores sombras, e todos essa força possuímos:
basta ter a coragem de entendê-las e assim, não sermos mais seus estigmatas.

Por Gisele Portes

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