Oportunidade Escondida

Muitas foram as derrotas que me deixaram para baixo e prostrada.
E por muitos meses, já vagava sem fé em mais nada,
quando passando por uma rua em manhã fria,
encontrei um panfleto que iria me livrar daquela vida vazia.

Já tinha mandado centenas de currículos e batido em muitas portas,
e não aguentava mais ouvir que iam me ligar e outras lorotas.
Precisava logo de um emprego e não custava arriscar;
então bem cedo, fui no endereço descrito com o coração a palpitar.

Peguei uma cadeira sem muito destaque ao fundo,
e logo a sala começou a se encher e a despencar começou meu mundo:
“Não acredito que terei tudo isso de concorrência”,
era o pensamento a me rondar com frequência.

Porém, logo para o palco se voltou minha atenção,
e ali se apresentou uma senhora distinta, envolvendo-nos em emoção,
pois ela parecia entender nosso sofrimento,
e fui percebendo que tudo dependeria de meu movimento.

Além da palestra, fizemos uma atividade,
onde pude entender que se minha vida estava imersa em infelicidade,
era porque eu precisava entender que eu era meu principal produto,
e que eu só precisava aprender a valorizar e divulgar meu atributo.

Então eu vi que meu erro tinha sido só cumprir tarefa,
e tinha engavetado minha criatividade para ficar atrás de idiota chefa.
Assim, eu mesma apaguei meu brilho e estava sempre dependente,
e era vítima da rua a cada demissão, sem nunca nada ficar diferente.

Mas saí do curso cheia de ideias para novo serviço,
entendendo que o que ia oferecer tinha que causar rebuliço.
Portanto, ao invés de ficar atrás de um balcão esperando cliente,
parti para a ação, vendendo meu trabalho de forma mais eficiente.

Logo vi que a melhor coisa era ser minha própria patroa,
trabalhando a hora que eu quisesse e ficando de boa,
porque o dinheiro que entrava era tanto,
que eu nunca mais iria ficar a chorar num canto.

Hoje sou eu que dou palestras, ensinando a todos o poder da criatividade.
Seja com músicas, vídeos, quadros, etc, desde que seja novidade!
O importante é pensar fora da caixa,
e não aceitar mais viver em situação baixa.

Por Gisele Portes

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