8. Revelação Ocultada

Onire escondeu isso do povo que acatou as decisões soberanas
de que a órfã não teria destino escrito, e nas primeiras semanas
a corte zelaria por ela tal açúcar que não pode ficar na chuva,
com mimos e rindo, com lágrimas grandes como uva.
Foi, entretanto, na oitava semana que aconteceu algo fatal:
a garota, que encantava com seu cabelo de cor glacial,
abriu os olhinhos que eram laranjas como o sol quente!
Por sorte, Onire estava a sós com ela e já tinha plano valente:
como os volatianos não permitiam traços de Dicuro na raça,
esperaria o cabelo cobri-la e para silêncio a pôs uma mordaça.
E olhava com o bebê no colo o céu sem sinais de batalhas,
logo acreditando que seu sonho era cheio de bobas falhas.

(Comente e compartilhe meu eBook “Sol e Lua: A Profecia dos Corações Carbonizados” e ajude a divulgar mais a poesia nacional! Ficou na curiosidade? Então continue no Link: https://giseleportes.com/category/meus-livros/sol-e-lua-a-profecia-dos-coracoes-carbonizados/)

2 comentários

Deixe uma resposta