
Eu era médica na África do Sul voluntária
e minha vida sempre foi estudar
e os outros com amor ajudar.
Contudo, muitos amigos se foram por me considerarem otária.
Tudo porque eu nunca fui de gostar de festas.
E melhor do que noites de farra era meus livros ler.
Também me criticaram por pouco cobrar e receber;
só que por apenas se pensar em dinheiro, eu achava que eram eles os bestas.
Então quando avisei que ia deixar o Brasil,
por não ir para a Europa ou aos EUA me julgaram.
Porém, não chorei pelos que me deixaram,
pois estava feliz com meu sonho e ia realizá-lo com brio.
E apesar de estar sozinha, eu me sentia feliz
já que podia muitas pessoas curar
e várias vidas de gente simples melhorar.
Até que você veio me parabenizando por tudo que eu ali fiz.
Na defensiva, avisei que ainda queria continuar trabalhando,
e com um doce sorriso, você para entrar na minha equipe se ofereceu.
Sem dúvida, juntos nosso trabalho muito mais rendeu
e um amor de outro mundo acabamos compartilhando.
Hoje eu sei que todo amor é válido:
seja o da capacidade de perdoar, ou o de a todos ajudar
e ainda mais o de com o outro construir um lar
e poder encerrar o dia com um beijo cálido.
Por Gisele Portes