A Caça

Sei que você com os olhos me caça.
Seus beijos são a mais perfeita armadilha.
Meu coração desse seu jogo já é comparsa;
refém seduzido de sua elegante picadilha.

Suas palavras são o arco,
e seus toques as flechas
que em meu juízo já deixaram o marco,
que em minha sanidade fizeram brechas.

Incauta, entrei em seu radar,
e assim que você me localizou,
eu já sabia que não adiantava lutar;
paixão difícil de resistir se formou.

Sou sua cerva, sua serva.
Sua atração sobre mim é sua maior arma.
Para você me entrego sem reserva,
aceitando com prazer minha perdição, meu karma.

Por Gisele Portes

Qual É a Sua Caça?

Todos nós estamos à procura de alguma coisa ou de alguém, na “caçada” daquilo ou de quem acreditamos que será importante ou até mesmo vital para nossa sobrevivência. Bem como há pessoas que acabam servindo de presa para aproveitadores de plantão, para golpistas, para sedutores que falam o que elas querem ouvir em troca de sua obediência.

Porém, tal busca pode se tornar uma obsessão que nos consome por dentro e nos rouba o tempo, nos fazendo perder as prioridades de vista e até mesmo recursos que se esgotam. Assim, podemos contrair dívidas e de repente vemos que nossa vida saiu dos trilhos.

Quando somos muito intensos, teimosos e não admitimos qualquer falha, podemos ficar tão obcecados por algo que perdermos a noção das horas, e os minutos se transformam em semanas sem que sequer notemos, enquanto que nossa cabeça não nos deixa em paz, com pensamentos insistindo que temos que continuar mesmo que sintamos já o cansaço nos dominar.

Ter vontades e objetivos não é o problema, mas sim o fato de nossas vontades não serem mais submissas ao nosso próprio juízo e acabamos virando escravos das mesmas.

Portanto, cuidado com o que você caça, com o que anda procurando para não virar o pássaro que pensa que encontrou alpiste, mas há uma armadilha prestes a cair sobre ele.

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