
Pôs uma trouxa nas costas para ir despercebido se movendo
por toda a área fedendo de sabão em pó, que ia se dissolvendo
em largo tanque no qual prisioneiros lavavam roupas a braço.
Luniel ouvia da vida estranha ali, contada com desembaraço.
Ao chegar à lavanderia, Lapilli pulou no tanque e se arriscou:
afoito, nadaria pelos canos para sair (única fuga que encontrou
sem guardas, conforme observara trabalhando no castelo,
vendo as tubulações e criando planos antes de virar farelo).
Luniel gesticulou que foi loucura e indagou sobre tal coragem,
mas admitiu que era graças à roupa obrigatória da serviçagem.
Assim, lunares não desintegrariam e era de ferro de Mercúrio:
outra tecnologia que, na época, gerou polêmica e murmúrio.
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