Extremos

Enquanto você prefere a média, eu amo os extremos:
não gosto de coisas meia boca, feitas pela metade.
Comigo é 8 ou 80, não gosto do comum, mas do supremo.
Por dentro estado de quem sempre quer, uma intensa vontade.

Para mim nada morno; ou muito frio ou muito quente.
Fico na roleta, na disputa por mais uma noite,
como quem não tem nada a perder, em aposta envolvente.
Minha pele clamando pela da adrenalina seu doce açoite.

Não me venha com regras sobre como viver minha vida,
logo você que não se importa com holofote e nem destaque.
Depois que se for, sua lápide será lembrança sumida.
Então, não pense que ligo para de seu recalque o ataque.

Por que quero sempre mais,
e no meu dicionário não existe a palavra controle.
Sou dos superlativos, das hipérboles e das ideias mais radicais.
Só vai me parar a morte que a todos nós engole.

Por Gisele Portes

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