
Vou andando em corda bamba,
com passos tímidos… mais perto do fim?
Querendo que da queda me salve um serafim.
Esperando aplauso de quem só me esculhamba.
Meu equilíbrio inexistente
já só balança, não se mantém.
Um passo em falso e caio inconsciente,
lembrando agora de tudo que me faz refém.
Pare de me tratar como seu chaveiro,
que você leva para cima e para baixo.
Cansei dessa incerteza, desse futuro cheio de nevoeiro
e de viver de suas asas ingratas debaixo.
Por Gisele Portes