
Havia um ímã que não tinha magnetismo
— pelo menos era o que ele com tristeza achava.
Só atraía coisas ruins e entrou em um ceticismo
sobre seu poder e sobre sua sorte que só o desafiava.
Enquanto isso, os outros imãs viviam felizes:
qualquer coisa que eles queriam, eles tinham de mão beijada.
Muitos nem se esforçavam; tudo ia bem sem deslizes.
Mas aquele ímã sempre no canto e sozinho, vivia de forma azarada.
Até que um dia após se machucar com um alfinete,
o mesmo lhe criticou e disse que enquanto olhasse só para o negativo,
era só o pior que iria atrair e se queria um diferente macete,
que aprendesse a buscar em tudo pelo positivo.
A princípio, o ímã duvidou e resistiu.
Mas resolveu parar de só reclamar e ao seu redor apreciar.
Qual não foi sua surpresa quando a tragédia enfim dele desistiu,
e ele enfim pôde de sua real força de novo se apoderar.
Por Gisele Portes