120. Descontrolados

Quando chegou, sentiu odor como se se perdera na rota
de volta ao laboratório, e viu solar com bigode de marmota.
Era cozinheiro ameaçando recruta com colher de pau.
Com raiva da gororoba, ele jurava cozinhar o mestre-cuca mau.
E era bem em frente à única porta de saída que ocorria refrega.
Socaram-se, e a intrusa aproveitou para ir a uma adega.
Estava fechada e atrás, panelas derramavam caldos nos fornões,
que alteravam lava em comida, descontroladas como zangões.
Só notou a inundação ígnea nas canelas, e caíam as tampas.
A lava danificou as sedas, com desbotadas estampas.
Retirou-se logo para não deixar muita pista da pigmentação,
mas a força da lava a jogou pela escada, dando-lhe palpitação.

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