136. Amor Abrasante

Sem armadura e manto real, Solato não parecia o rei narcísico.
Além disso, seu olhar mudou, tornando angelical seu físico.
“Ainda bem que este restaurei”, Luniel desistiu de ser cética,
afinal, reconhecia o quanto foi útil ter lutado tanto pela ética.
Deram-se as mãos, sem mundos de regras tolas, em sintonia.
Solato com a peça e Luniel deitada – corações em sinfonia.
“Hoje dinastias terão fim”, anunciou ele, ao lado dela na cama.
Dicuro era lambido pela morte e prédios símbolos de fama
eram prensados pela gravidade de canos no mar sem trégua.
Já o núcleo foi devorando tudo, deformando légua após légua.
O fogo engolia sem dó as fábricas que iam desmoronando,
com chuva de cinzas no juízo final – até o castelo acinzentando.

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