
Leia enquanto acompanha a minha recitação especial =):
Ouça o barulho das fábricas, a poesia das máquinas.
Deixe que elas façam nossos trabalhos pesados.
Não nascemos pregados; éramos crianças traquinas.
Quem foi que tornou nossos sonhos tão enferrujados?
Temos horário para abrir os olhos e para sempre nos deitar.
Deixe que elas se esforçem, pois são privilegiadas pelo infinito.
Nosso espírito tem vontade própria, que não se pode programar.
Enquanto nossa carne apodrece, o aço delas brilha forte e bonito.
Codificaram nossa felicidade
e nos deixaram com na cabeça péssimos códigos.
Quem vive preso na rotina, afoga-se em sua vulnerabilidade.
Automatize sua paz e passe um zíper nas ordens de seus inimigos.
Por Gisele Portes
Me faz pensar na automação como solução para a exploração do trabalho (desemprego seria outro problema para discutir). Muito legal o pema e mais ainda com a narração.
Gratidão pelo comentário e por ter curtido!