Poesia das Máquinas [Poesia]

Leia enquanto acompanha a minha recitação especial =):

Ouça o barulho das fábricas, a poesia das máquinas.
Deixe que elas façam nossos trabalhos pesados.
Não nascemos pregados; éramos crianças traquinas.
Quem foi que tornou nossos sonhos tão enferrujados?

Temos horário para abrir os olhos e para sempre nos deitar.
Deixe que elas se esforçem, pois são privilegiadas pelo infinito.
Nosso espírito tem vontade própria, que não se pode programar.
Enquanto nossa carne apodrece, o aço delas brilha forte e bonito.

Codificaram nossa felicidade
e nos deixaram com na cabeça péssimos códigos.
Quem vive preso na rotina, afoga-se em sua vulnerabilidade.
Automatize sua paz e passe um zíper nas ordens de seus inimigos.

Por Gisele Portes

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