No 220 [Poesia]

Sociedade que não para, vivemos rápido demais, no 220.
Tic, Tac – Acordar! Comer! Ir malhar!
Tic, Tac – Estudar! Trabalhar! Deitar!
Sem respirar anseio pelo fim de semana feito pedinte.

Sobram sonhos no final do meu calendário.
Vida nada saudável, corpo e mente a reclamar.
Sem espaço para sentimentos em regime de serviço autoritário.
Olho para os smiles nos aparelhos e começo a os invejar.

Só produtos deveriam se enquadrar em padronização.
Sou um espírito livre, cansado desse ritmo alucinante.
Quero mais paz e menos carga horária e obrigação.
Sem substituição se não aguentar mais ritmo tão excruciante.

Por Gisele Portes

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