
Leia enquanto acompanha o aúdio da Poesia:
Eu sempre estive andando ao seu lado.
Torci por você em cada batalha.
Isolada, em convívio dissimulado.
Feche a cortina, sala vazia, não olhe essa falha.
Seu sofá sempre esteve com lugar vago.
A criança que vê as outras brincarem na rua.
Fui eu que agarrei sua mão afundando no lago.
Você não vai mais ser carne a boiar no frio e nua.
Final do caderno com poemas para curar
o bullying sofrido, a inveja na sua cara feito ácido.
Crises sobre o ontem e o que ainda a enfrentar.
Para suas doenças psicossomáticas fui o antiácido.
Eu que fiz sua mão vacilar e derrubar na pia a faca.
Olhe no espelho, redescubra sua beleza.
Viva mais um dia, eu sou o propósito de sua vida opaca.
Que fique lá fora o que é de fora; a solução é sua pureza.
Por Gisele Portes