
Leia enquanto acompanha o aúdio da Poesia:
São 18 horas do meu último dia.
O dia que por mim mesma eu decidi.
Feito escravo que se liberta com alegria,
estou nascendo para nova vida que nunca vivi.
Oportunidades me chamam e é um presente minha demissão.
A reclamação na mesa onde ficou meu trabalho que você nunca valorizou.
Tantos anos dando sangue até total exaustão.
A única direção que tenho que obedecer é quem eu sou.
Minha saída causou paralização.
Atitude que ninguém esperava, podem me substituir.
Já faz tempo que nesse funeral não quero participação.
A vida é muito curta, chega de só sobreviver, vou existir.
Por Gisele Portes