Leia enquanto acompanha o aúdio da Poesia:

Nunca tive sonhos comuns.
Então peguei minha mochila e quis conhecer o mundo.
Em rodas de bar e em fogueiras ouvi histórias incomuns.
Peguei avião, navio, e me lancei no desconhecido profundo.

Civilizações perdidas, quero lhes encontrar.
O que é inacessível para o homem sempre mais atrai.
Pirâmides em vegetação a se ocultar.
Picos do Everest, choro pelo companheiro que cai.

Pela nevasca, ainda assim sigo firme e forte.
Em busca de progresso, nasci para todo segredo desvendar.
Um aborígene me dá um amuleto da sorte.
Acredite em você, que em sua jornada você vai se achar.

Corri com manadas de animais.
Savana ou deserto – quero minha resposta.
Só que foi dentro de minha tenda em meditações astrais
que vi que a maior viagem em mim está posta.

Por Gisele Portes