
Leia enquanto acompanha o aúdio da Poesia!
Em um mundo atingido pela moléstia,
onde se espalha o instinto canibal,
disputa na bala por um prato de agonia,
todos pedem o desfecho de tanto mal.
Quando não se pode confiar no que se respira ar,
o amor já está definhando em lata de lixo.
A falta de justiça e fé a como praga a se espalhar.
É melhor ficar na solidão, quando todo mundo virou bicho.
Olho para baixo, todos clamam assaz:
“Quando chega o meteoro?”
Enquanto arrebento o mundo estou em paz.
Com o sossego da extinção eu colaboro.
Por Gisele Portes