
Leia ouvindo o aúdio da Poesia!
Montanha-russa que sobe e desce, sempre a mesma situação.
O círculo que nunca termina, todo dia igual ao anterior.
Estamos saturados, desse replay na merda quero interrupção.
Cadê o botão de parar, chega desse looping de crise e terror.
Os prédios e casas ao meu redor em degeneração.
Almas esfarrapadas sem rumo, futuro estraçalhado.
Lavo e esfrego minha pele de todo esse lixo com sabão,
mas ácido fedorento escorre de meu corpo intoxicado.
Os mesmos sonhos nunca realizados.
Sereias fantasmagóricas e suas promessas em vão.
Pulei no mar como outros marujos enganados.
Lá do fundo olho para o céu que me condena com rejeição.
Por Gisele Portes