
Leia ouvindo o aúdio da Poesia!
No pico da montanha mais gelada,
busco a única coisa que pode curar essas feridas.
Silêncio total que acalma alma estafada.
Meu paraíso congelado tem a serenidade mais querida.
Lá embaixo, assisto o fogo a tudo engolir.
Os demônios saíram do túnel para outra vez matar.
Gritaria própria de um hospício a decair.
Vocês que provocaram, hora de com as consequências arcar.
Minha felicidade mora em um sarcófago de gelo.
Meu estresse e medo somem na brancura sem fim.
Quando todos riram, continuei trabalhando com anelo.
Aqui na minha tenda, só eu e meu doce querubim.
Por Gisele Portes