
Leia com o Aúdio da Poesia!
Casa cor-de-rosa com violetas na frente.
Ninguém conhece da moradora a verdadeira fachada.
Parece ser tão doce, vibração boa que de longe se sente.
A própria maldade tem ali a sua localidade.
De noite, só sangue na sua cozinha.
Diabruras que atravessam a madrugada.
Na manhã seguinte, anda com sua poodle e cumprimenta as vizinhas.
Vida chique por fora, mentiras feias engavetadas.
“Como é bom ver habitantes normais!”
Gostando de estar entre gente comum.
Uma vida ambígua, ocultando impulsos fatais.
Vida dupla, remorso nenhum.
Por Gisele Portes