Casa Cor-de-Rosa [Poesia]

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Casa cor-de-rosa com violetas na frente.
Ninguém conhece da moradora a verdadeira fachada.
Parece ser tão doce, vibração boa que de longe se sente.
A própria maldade tem ali a sua localidade.

De noite, só sangue na sua cozinha.
Diabruras que atravessam a madrugada.
Na manhã seguinte, anda com sua poodle e cumprimenta as vizinhas.
Vida chique por fora, mentiras feias engavetadas.

“Como é bom ver habitantes normais!”
Gostando de estar entre gente comum.
Uma vida ambígua, ocultando impulsos fatais.
Vida dupla, remorso nenhum.

Por Gisele Portes

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