
[Leia com o Aúdio da Poesia!]
É fácil julgar no topo da pirâmide.
O poder sentado em uma pilha de dinheiro.
Aos seus pés, formigas trabalham em pusilanimidade.
O luxo cobrindo a falta de um companheiro.
Você não sabe o sacrifício que foi chegar até aqui.
O homem que se via no pico da cadeia alimentar,
agora se vê devorado por inimigo invisível logo ali.
Passo longe, também ninguém de mim está a se lembrar.
Tanto esforço como ácido a corroer minhas veias.
Talvez apenas me apaixonei pela minha própria tragédia.
Vendo a alegria dos outros por uma janela cheia de teias.
Sociedade capitalista que esmaga vidas em sua triste comédia.
Por Gisele Portes