Gravidade [Poesia]

[Leia com o Aúdio da Poesia!]

Eu era apenas um livre cometa
a viajar pelo espaço sem compromisso.
Então, por favor, não submeta
à gravidade de sua órbita meu espírito insubmisso.

Como um campo de flores perto de uma usina nuclear,
sua presença é choque e avassaladora explosão.
Todos saem de suas casas, olhando a pressão no céu chegar.
Onde está o céu azul que devorou toda essa vermelhidão?

Nossas atmosferas são estranhas e entram em colapso.
Invasão alienígena, fusão de duas dimensões.
Quero voltar para meu eixo central, sei que agi em relapso,
mas ainda luto contra seu magnetismo com contrações.

Por Gisele Portes

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