
[Leia com o Aúdio da Poesia!]
De repente nossos pertences que pômos em nosso barco,
veio onda que tudo virou nesse mar de reveses.
Lá se vão com os peixes até nossa flecha e arco.
Como iremos vencer os inimigos pelos próximos meses?
Viagem apertada, os rochedos contra nós a lutar.
A madeira arranhada igual a nossa doída de batalha alma.
Estivemos nossa embarcação no ar e no nada a montar.
Agora ela não suporta o tempo que afunda nossa calma.
Deixamos nos levar pelo sorriso e deslumbramento.
A vela alta contra o céu a tremular, possível vitória.
Mas esse mar lavou nossa ilusão com desapontamento.
Não adianta tentar, se não soubermos remar por nossa glória.
Por Gisele Portes
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